domingo, 4 de julho de 2010

Belleville

Aos domingos pela manhã, Belleville ainda dorme. Não se ouvem os gritos, as conversas, os choros. As lojas estão fechadas e os bares ainda não abrigam seus mais fiéis clientes.

O sol cobre o bairro, o céu azul é marcado por linhas de fumaça deixadas pelos pequenos aviões que sobrevoam a cidade.

Os pássaros voam do outro lado da janela e fico imaginando como deve ser voar por todo esse azul que me fascina. Um azul claro misturado com branco.

Da outra janela vejo um parque. As árvores mexem-se levemente ao correr do vento. Não ouço mais nada, nem ao menos os passos no corredor, as vozes pelas paredes, a música vinda dos andares mais baixos.

Não, Belleville ainda dorme. E aproveito esse momento de silêncio para refletir sobre o tudo e o nada enquanto cada gole de uma cerveja gelada desce pela minha garganta.

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