Ela esperava um resultado quando o telefone tocou.
Nos últimos 5 meses sua vida tinha se resumido a esperas intermináveis: resultados da faculdade, do amor que tardou a chegar, de um teste. Faltava um minuto e o telefone tocava.
Atendeu. De tão concentrada no resultado não reconheceu a voz do outro lado.
- Alô?
- Oui, allo?
- Oi, sou eu...
- Eu...?
- É, sou eu, lembra? Falei que ligaria quando saísse...
...
- Nossa! Desculpa. Eu tava pensando em outra coisa e não te reconheci... E aí, me conta como você tá.
- Contando que passei os últimos meses treinando, posso dizer que até que me sinto bem. Estava feliz lá mas estou feliz aqui fora. E você?
- Eu...? Sei lá, posso dizer que to bem também.
O minuto havia passado. Duas faixas azuis.
Ela se lembrou do quanto havia esperado por esses dois momentos: falar com ele e esperar uma criança. No fundo teria gostado que ambos estivessem relacionados mas agora estava grávida de um outro homem maravilhoso que a amava e que havia aprendido a amar.
Ela segurava o teste sem saber o que fazer.
- Então, quais as novidades?
Desatou a rir sem saber o que dizer.
- Nada de mais...
E a conversa se estendeu por algumas horas.
Há um mês
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