quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre o amor, a glória, a beleza e manifestações sociais

Amour, gloire et beauté é uma novela americana que passa há anos no canal 2 francês. É uma daquelas onde todos são ricos, saudáveis e se odeiam. A trama de base – do que eu consegui entender – envolve três famílias principais onde os casais se separaram e casaram com o casal do outro ou com os filhos dos outros. Pra se ter uma idéia da confusão que é: uma menina acabou de casar com o ex-marido da sua irmã, com quem ele teve um filho pois sua ex- esposa (que não é a irmã de sua atual) fez uma inseminação com os óvulos da primeira esposa (que é a irmã da atual), que ela detesta. E isso é só uma pequena parte da trama. A irmã da doadora de óvulos se casou com o ex-marido da grande megera da novela, que é parente do atual marido da doadora. Enfim, é uma confusão que só.

Na primeira vez que eu vim, essa novela já estava passando e estávamos na parte em que a irmã casa com o ex-marido da megera. Quando eu voltei, a moça já tinha dado à luz e seu filho estava doente, por isso que descobriram quem era a doadora. Hoje a verdadeira mãe (aquela que carregou o filho por nove meses) deixou a mãe biológica ficar com o filho porque ela não conseguia criar laços afetivos com a criança.

Certo, e o que isso tudo tem a ver com as manifestações? Simples assim, com as manifestações, os metros tendem a funcionar com uma freqüência menor, tendo menos trens por hora, o que faz com que os horários de pico (manhã e final da tarde) sejam insuportáveis (mais do que o normal), então eu só saio de casa quando sei que não há mais problemas – por volta das 10h30/11h – quando não há mais tanta gente precisando se locomover e então, menos gente nos trens. A novela passa por volta das 9h30, horário em que ainda estou em casa e normalmente não estou trabalhando pois estou arrumando minhas coisas para sair de casa. Bingo. A TV fica ligada e eu tento acompanhar esse bordel de história.

E assim, as manifestações sociais contribuem para o aumento da minha cultura inútil.

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